Ví -te apontares para lá,
e disseste que jamais terias saudades do que deixaras.
Mas assim que a curtina se fecha...

Lamentas embora sem pranto o teu episódio tropical´
agora sem mar e com os números nas tuas costas,
e com os teus sonhos de Nepal adulterados,....


agora até agora os vegetais te fazem careta, com a língua pra fora, entre ramos e chifres...

cá pá, semeiana xepa entre manos contrastes entre
milharais e espantalhos minguantes.,..~º

1 x por ano, (carta para um amor anónimo)



Eu era feliz por ver o teu sorriso apaixonante,
por algumas horas, alguns dias uma vez por ano.
Estar ao teu lado e ser teu cúmplice nas brincadeiras
Depois de cansados iamos nos deitar,
e eu ainda me lembro daquela voz malvada que te tirava do meu lado,
e transformavam as minhas noites mais vazias do que as minhas desilusões.

Quando chegava a hora da despedida, As saudades ja regavam os olhos,
tão inocentes embora taõ desesperados e ansiosos, para mais um ano passar.

Na distância lembrava-me sempre de ti com um fraco
sorriso, como uma criança que guardou o seu doce no cofre.
pois sabia que os dias iam passar e o melhor dia do ano iria chegar.

O tempo passou e eu quase me esquecera que uma vez por ano eu era quase feliz.
"Uma vez por ano" ja não existia.

15 anos passaram, e quando te reencontrei naquele dia,
e olhei bem dentro dos teus olhos e da tua alma,
eu quase que jurei que a minha dor tinha acabado.
passei a noite em branco com a teu rosto na minha mente.

O que eu não sabia é que mais uma vez me afundava noutra desilusão.
Pois o tempo passou, muita coisa mudou
e eu nunca soube o que vias em mim,
agora ja nem uma vez por ano posso ser quase feliz
e desconhecer os perigos duma paixão.
Agora sofro todos os dias por desejar no passado de tar tão proximo
agora, embora tão longe.

fio
Que madrugada é essa?


Tiraram o sorriso da natureza para alimentar luxúrias, símbolos de miséria,
Foram eles que apagaram a luz do kilamba!
Bloco a bloco destroiem a memória do meu quintal.
Grito a grito o horizonte me chama.

Avé Julius César, diz-me então a verdade sobre Lenine e Karl Marx!


Conquistaram o obsceno a beleza irreal, primo da tristeza,
Foram eles que apagaram a luz do Panorama.
Mojo a mojo, disputas de memoriais
enferruja o coral.
Mito a mito destruido na chama.

Avé Rasputin, diz-me quais foram as palavras omitidas de Socrates!
Diz-me porqué que Nietzsche morreu louco.

Um presisava do fogo o outro da água
Um da porta porque era a entrada.





Pente grosso não



Passar a pente fino
O brusco acordar da consciência
numa existência previamente vivida.

Passar a pente fino
o consagrado
e os caminhos onde a vítima não pode ser socorrida

Passar a pente fino
Todo esse luxo que passou a ser sobrevivência,
as minhas tentações e a minha priori.

Passar a pente fino
todos esses irmãos colegas de trabalho, e
lendários guerreiros do ganha pão.

Passar a pente fino
os motivos das coisas como
o porquê que precisamos de controlo?

Passar a pente fino
Esta polícia, política e legislação
dos animais dos homens e dos deuses.

360 º


Na proximidade da liberdade, o custo é doloroso.
Corro para os anjos para me trazerem de volta.
A dor da verdade e o susto é tenebroso,
Embora louco para poder voltar na mesma rota.

Promessas de mudanças falhadas na psicose de um jacaré.

As cenas que nunca deveriam ter sido vividas
Cheia de santos com bagagens bem seladas
O rítimo de quem nós somos desaparece numa ilusão
a frente dos nossos olhos.

No espelho, paisagens mal comprendidas.


Ser chamado de todos os nomes mas nao ser ninguém.
Ver o mundo de cabeça p'ra baixo p'ra justificar a cegueira.
Mil palavras preguiçosas por serem tão desacreditadas.
Eu até vejo a minha sombra no além.
Quando tudo é possivel num destino inserto.

É o passo da manhã!

Se os prédios alcançarem as tendas,
Caviar em latarias o talho,
O domíno a existência,
Sem projectos uma só tribo.

É o passo da manhã!

Se o Astronauta alcançar a terra,
Do peixe ao anzol
a noz e o caracol,
a violência o alcool,
a mente vai e vaguea,
e vai queimar essa terra.

É o passo da manhã!
É o passo da manhã!
É o passo da manhã!
É o passo da manhã!

Viver no submundo nao pela moda
Mas pelo segredo da missão,
Libertar o justificador,
Esta nao é a terra.
É o passo da manhã!
É o passo da manhã!
É o passo da manhã!
É o passo da manhã!
A Gravidade Perdida



Corvos como águias habitam nas antenas,
carros espelham o sol como o metal da cidade.
Povos nas águas que desertam as tendas,
amarrados no pensamento que foi mortal na trinidade.
Paisagens da fé nao podem ser atropeladas,
miragens justas a pé percorrem pelas ideias obstruídas.


Dentro da sensiblidade interior do clima
nós com as árvores penetramos.


Ídem os cristais do futuro voltam p'ra inocência
alêm dos militares no turvo, molham-se as turbulências.

Dentro da sensiblidade interior do clima
nós com as árvores penetramos.
Ídem os cristais do futuro voltam p'ra inocência
alêm dos militares no turvo, molham-se as turbulências.